Estudo da Trend Micro analisa as atividades e serviços ilegais oferecidos no lado oculto da Web.
A Trend Micro (empresa de segurança em nuvem) passou mais de dois anos investigando e monitorando as atividades realizadas na Deep Web. As conclusões da iniciativa foram reunidas no estudo “Abaixo da Superfície: Investigando a Deep Web”., que analisa o uso do anonimato para atividades sobretudo ilícitas (venda de drogas, contrabando de bens e documentos roubados), mas com algumas finalidades nobres (fontes que contatam jornalistas para compartilhar informações privilegiadas, preservando suas identidades, e dissidentes que expõem regimes restritivos).
Por meio do seu sistema Deep Web Analyzer (DeWa), a companhia coletou URLs ligadas ao lado oculto da rede e extraiu as informações relevantes vinculadas a ele. O sistema alertava a equipe Trend Micro quando os serviços apresentavam comportamentos maliciosos, como tráfego excessivo ou grande pico de acessos. Ao todo, cerca de 38 milhões de eventos – equivalentes a 576 mil URLs – foram monitorados e usados para encontrar novas famílias de malware de cibercriminosos.
O resultado apurado sinalizou a maconha (31,6%) como a substância ilícita mais vendida, seguida por produtos farmacêuticos (Ritalina, Xanax – 21%), MDMA (10%), LSD (5,26%) e Metanfetamina (5,26%). Entre os itens ilegais, jogos piratas e a venda de contas em sites de apostas e leilões online também são populares. A lavagem de dinheiro é outra atividade recorrente, facilitada pelo anonimato do Bitcoin, cujas transações são mais difíceis de serem rastreadas.