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Mais do que R$ 0,20 - TI pode resolver os problemas das cidades brasileiras?

Não há dúvidas de que o modelo urbano vigente não atende mais às demandas de uma sociedade orientada à informação. Indústria de tecnologia pontua que existem soluções e oportunidades e negócio para canais especialistas. Transformação, contudo, pede orientação para objetivos de longo prazo

Há um sentimento de insatisfação no ar. Milhares de pessoas marcham pelas ruas das cidades brasileiras empunhando cartazes que defendem causas variadas. O estopim da revolta foi a proposta de aumento da tarifa de transporte. Em São Paulo, por exemplo, a ideia da administração era elevar em 20 centavos o valor da passagem de um sistema ineficiente. Alguns pontuam que isso seria só a ponta de um iceberg de descontentamento geral com os serviços prestados pela gestão governamental nas três esferas políticas.

Não há dúvidas de que o modelo urbano vigente não atende mais às demandas de uma sociedade orientada à informação. A solução de problemas das cidades entrou no discurso de fabricantes de tecnologia. Mas, é realmente possível gerar negócios nessa frente? De que maneira a TI poderia contribuir para melhorar as cidades do País?


Para tentar responder essas e outras perguntas, a CRN Brasil convidou Marcos de Carvalho, diretor de tecnologias e serviços do CPqD; Reinaldo Opice, presidente da Enterasys no Brasil; Fabio Tagnin, diretor de pesquisa da Intel; e, da plateia, Paul Markus, diretor de novos negócios da Path, empresa responsável por implantar sistema de BI no Disque Denúncia do Rio de Janeiro,  para dialogarem no IT Mídia Debate: Cidades do Futuro, na quarta-feira (19/06).

O consenso é que para se tornarem inteligentes, as cidades do futuro precisam conhecer sua personalidade e objetivos no médio e longo prazo. Com base nisso, entender quais mecanismos podem ser aplicados na melhoria da vida dos cidadãos. Cidade do futuro pode ser entendida desde aspectos mais urbanísticos e arquitetônicos até termos que envolvem mais tecnologia.

“Vai além do sistema de comunicação, envolve muita análise de dados. É você colocar tudo que se tem dentro de uma grande base de conhecimento e providenciar que as pessoas que administram os municípios tomem decisões mais bem informadas”, opina Tagnin. Ele aponta que a inteligência das cidades no futuro permitem fluxos, processos e vivência mais otimizada dos cidadãos com os recursos.

As cidades brasileiras, em sua maioria, cresceram sem planejamento. Metrópoles se confundem com emaranhados projetos descompassados nascidos de interesses políticos, que mudam a cada eleição. Não há consistência. “No fim do dia, há grandes desafios de infraestrutura, seja segurança, trânsito, movimento de informação”, pontua Opice.

Carvalho vem acompanhando o tema há quase uma década. Ao longo desse tempo, viu uma evolução. No começo, havia muito interesse em cobertura do perímetro do município por redes para crescer a quantidade de serviços públicos. O debate evoluiu muito e ganhou várias bandeiras. Contudo, ainda não existe uma definição fechada.

“Do que experimentei, o importante é que a cidade que se propõe a tratar essa transformação precisa primeiro se entender, conhecer suas necessidades e objetivos; envolver a população nesse processo e no planejamento de ações para, então, definir quais os instrumentos – seja infraestrutura, arquiteturas, serviços, processos de relacionamento – serão utilizados. Tendo isso em mãos, traduzir essas demandas em tecnologias que irão melhorar a vida e ação dos atores sociais”, contextualizou o executivo do CPqD.

Há movimentações em algumas cidades espalhadas pelo Brasil. Mas os projetos ainda soam tímidos. Percebem-se investimentos que vêm, em alguns casos, a reboque das necessidades de modernização trazidas por Copa do Mundo e Jogos Olímpicos para áreas que vão além dos parques esportivos. Contudo, ainda há muito a evoluir em conceitos e tecnologias a serem aplicadas para melhora em serviços públicos básicos nas frentes de educação, saúde, segurança e transporte.

Mudar o modelo urbano é algo que transforma a secular instituição urbana que vivenciamos. Isso implica mexer em instituições de indústrias poderosas. Em uma breve conversa ao final do debate, Carvalho ressaltou a questão da transformação de longo prazo – o que exige esforço contínuo e uma orientação que permita essa evolução.

A cobertura completa do debate sobre Cidades do Futuro você poderá ler na CRN Brasil 363, edição de julho da revista.

Fonte: CRN/ITWEB

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